O Brasil possui hoje sete bens naturais reconhecidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Com o objetivo de retomar o trabalho conjunto na construção de candidaturas a Patrimônio Mundial, a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, se reuniu na tarde desta terça-feira, 2 de agosto, com o secretário de Biodiversidade e Floresta do Ministério do Meio Ambiente, José Pedro de Oliveira Costa. 
 
Entre os assuntos discutidos, além da retomada dos trabalhos para atualização da lista indicativa de sítios e bens potencialmente candidatos a Patrimônio Mundial, foram foco da reunião a questão do patrimônio cultural estar cada vez mais próximo do patrimônio natural, bem como a retomada de trabalhos de preparação de dossiês de candidatura que trabalhem com bens mistos, naturais e culturais.

Participaram também do encontro o diretor do Departamento de Patrimônio Material, Andrey Schlee, o diretor do Departamento de Articulação e Fomento, Marcelo Brito, o assessor internacional, Rafael Volochen, e o coordenador nacional de Licenciamento Ambiental, Roberto Stanchi. 

Patrimônio Natural no Brasil
Formado por monumentos naturais constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios naturais. Nele a proteção ao ambiente, do patrimônio arqueológico, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto de atenção especial. São Patrimônos Naturais do Brasil reconhecidos pela UNESCO: o Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (MT/MS); o Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM); a Costa do Descobrimento: Reservas da Mata Atlântica (BA/ES); as Ilhas Atlânticas: Fernando de Noronha e Atol das Rocas (PE/RN); o Parque Nacional do Iguaçu (PR); as Reservas da Mata Atlântica (PR/SP) e as Reservas do Cerrado: Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas (GO).

Formação acadêmica
No mesmo dia, Kátia Bogéa recebeu os professores doutores Rodrigo Baeta e Luiz Antonio Cardoso da Universidade Federal da Bahia (UFBA), para tratar sobre a cooperação entre os dois órgãos para o desenvolvimento de um plano de trabalho comum. A ideia é reforçar ações de formação do patrimônio onde o Iphan não atua diretamente, como, por exemplo, em formação prática em projetos e obras de intervenção no patrimônio. 

No encontro foi reforçado ainda o papel do Centro Lucio Costa (CLC) – Centro de Categoria 2, sob os auspícios da UNESCO, vinculado ao Iphan – como escola de governo do patrimônio, na promoção de uma rede para o desenvolvimento de mecanismos para a gestão integrada do patrimônio cultural, viabilizando projetos nas áreas de educação, treinamento, qualificação, pesquisas e na formação de uma rede para o desenvolvimento de mecanismos para a gestão integrada do patrimônio cultural.

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